Comerciante é novamente despejado do Mercadão ‎em Barretos

Pela segunda vez, em menos de oito meses, o comerciante João Baptista da Conceição, 74 anos, foi despejado do box onde trabalha, no Mercadão Municipal. Emitida pela Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, a notificação – repleta de erros de português – foi apresentada a Conceição na tarde de ontem por um fiscal da Prefeitura da cidade Barretos.

O documento informa que o box está sendo usado apenas como depósito e não para atividades condizentes com o Mercadão,  o que contraria a legislação municipal. Afirma ainda que o comerciante já tinha sido notificado em janeiro de 2011 e diz que o não cumprimento da determinação acarretará multa para a empresa e outras sansões (sic) previstas em lei.

O comerciante se recusou a assinar a notificação, alegando dois motivos: não ter sido notificado em janeiro e não estar em desacordo com a legislação. “Faço conserto de equipamentos eletrônicos e vendo mercadorias como discos e livros. Por que, em vez de me despejar, a prefeitura não se preocupa em fiscalizar um monte de gambiarra de água e luz que tem aqui dentro do Mercadão?”, questionou.





Conceição, que há 13 anos ocupa o box cedido pela prefeitura, disse que recebeu o espaço apenas com o piso e investiu dinheiro do próprio bolso para adequar o local. “Quero saber se a prefeitura vai me indenizar pelo dinheiro que gastei aqui.”
Segunda vez

Dia 11 de fevereiro deste ano, o JBR publicou matéria mostrando que fiscais da prefeitura tinham entrado no box do comerciante, recolhido as mercadorias e levado os produtos em um caminhão. No outro dia, sem mais explicações, as mercadorias foram devolvidas. “Mas muita coisa levada não veio de volta. Outras voltaram quebradas”, disse Conceição ontem.

Na ocasião, o Departamento de Indústria e Comércio, vinculado à secretaria e de onde partiu a ordem de despejo, não se manifestou.
Ontem, o JBR tentou ouvir Júlio Vilela, diretor do departamento. A secretária de Vilela informou que ele estava em reunião e somente poderia falar hoje.





1 resposta

  1. Braga 8 de outubro de 2011

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