Comitiva de São José do Rio Preto vence Queima do Alho 2011 em Barretos

A Comitiva Água do Peão é a vencedora da Queima do Alho 2011, evento que acontece em meio à 56ª Festa do Peão de Barretos. Formada por 16 integrantes, o grupo guia São José do Rio Preto conquistou pela primeira vez o título do tradicional evento no Ponto de Pouso, cuja final deste sábado também teve comitivas de guia Barretos, Ribeirão Preto, Arabá, Mirassol, Divinópolis (MG), Campina Verde (MG) e Cuiabá (MT).

Os jurados avaliaram a qualidade da comida – arroz carreteiro, feijão gordo, carne assada e paçoca -, a vestimenta dos peões e o nível de rebuscamento da tradição tropeira. “Mudou muito, antigamente julgavam muito a comida. Hoje 80% do que pesa é a caracterização das tralhas e dos componentes da comitiva”, disse Milton Liso, 48 anos, representante da campeã Água do Peão.

É o primeiro título da equipe, formada há cinco anos por Liso, que herdou o nome da velha companhia que o pai, em lidas pelo Mato Grosso e Norte do país, iniciou em 1962. “Depois que voltei pra São Paulo, eu trouxe a tradição pra cá. Sou apaixonado por isso e graças a Deus encontrei companheiros que gostam também”, disse. Ganhar em Barretos tem ares de conquista universal. “Não é só uma vitória em Barretos, é história.”





O tropeiro completa que as tradições ali mostradas não servem apenas para vencer campeonato, mas ainda fazem parte de uma lida diária. Liso garante que o filho – que não pôde estar presente em Barretos – dá continuidade ao estilo de vida simples. “Não só vivenciei isso tudo, como vivencio até hoje. Meu filho está lá no norte, não pode vir, está cuidando das propriedades da família. Mas um dos berranteiros nossos de lá veio com a gente.”

Comida de sobra
Oitenta quilos de arroz, 40 de feijão, 130 de carne assada e picada e dois pacotes de paçoca. Essa foi a medida preparada apenas pela comitiva da casa, gerenciada por Afonso Ferreira, 69 anos, para que a Queima do Alho 2011 desse conta do recado.

A quantidade de comida, suficiente para cerca de duas mil pessoas – público estimado para apenas um dos vários ranchos dentro do do Ponto de Pouso -, começou a ser preparada às 6h e acabou, segundo seo Afonso, durante o evento, mas foi importante. “A comida é lá (apontando para as comitivas competidoras). Aqui é pra dar um reforço pra eles”, disse o aposentado.

De origem campeira, Afonso trabalhou por 32 anos em um frigorífico de Barretos. Mas até hoje mantém as tradições do campo e as leva pelos quatro cantos do país. Inclusive já serviu comida na festa de 100 anos do arquiteto Oscar Niemeyer, o mesmo que projeto a arena e o Parque do Peão de Barretos. “A gente transformou isso em um hobby e continua até hoje”, disse.

Fonte: Eptv.com





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