Uma universidade da cidade de Ribeirão Preto (SP) terá o vestibular suspenso para um de seus cursos por ter obtido índice insatisfatório no Conceito Preliminar de Curso (CPC), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) na última semana. Em uma escala que vai até 5 e que leva em conta o desempenho de estudantes, a infraestrutura e o corpo docente, a faculdade de pedagogia do Instituto Superior de Educação de Barretos (Iseb) obteve nota 2 na avaliação referente a 2011, repetindo o mesmo resultado registrado pelo ministério em 2008.
Com nota inferior a 3, o curso entra para a lista de 88 de todo o país com tendência negativa nas avaliações. Estes não poderão receber matrículas para o ano que vem e o processo seletivo só poderá ser reaberto para 2014, caso problemas de infraestrutura, de corpo docente e de desempenho de estudantes sejam solucionados durante 2013.
Mais 112 cursos, com nota baixa mas com tendência positiva no estudo, só poderão ter novo vestibular em 2013 caso se adequem de acordo com as exigências do MEC. Não constante na lista, a graduação em letras oferecida pelo Iseb não terá vestibular suspenso.
Outras duas instituições da região – a Universidade de Franca (Unifran) e o Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (Unifeb) -, com notas baixas apenas em 2011, entraram para a lista de suspensão de autonomia, o que não as impede de realizar o vestibular, mas não permite que elas expandam o número de vagas para seis cursos em 2013.
A Unifran teve nota 2 nos cursos de arquitetura e urbanismo, artes visuais e engenharia civil. No Unifeb, física, química, computação e engenharia civil tiveram o mesmo resultado.
Outro lado
Contatado pelo G1 o Iseb não se pronunciou sobre o assunto até a publicação desta matéria. Uma funcionária que não quis se identificar apenas adiantou que a instituição irá tomar as providências cabíveis.
A assessoria de imprensa da Unifran informou que as exigências do MEC serão atendidas e melhorias serão buscadas para atingir uma nota superior a de 2011. “É um momento de revisão para o estabelecimento de critérios que permitam reverter os conceitos desses 3 cursos em futuras avaliações”, informou. A assessoria do Unifeb não falou sobre o assunto.
Avaliação do MEC
O CPC avalia o rendimento dos alunos, a infraestrutura e o corpo docente. Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa em 15% do total; a dedicação integral, 7,5% e o número de doutores, também 7,5%.
Em 2011, foram avaliados 8.665 cursos, sendo 6.083 do sistema federal de ensino, das áreas de ciências exatas, licenciaturas e áreas afins, bem como cursos dos eixos tecnológicos de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial.
Do total, 4.458 tiveram CPC satisfatório, sendo 1.272 federais e 3.186 particulares. Dos cursos avaliados, 672 tiveram CPC insatisfatório, sendo 124 federais e 548 particulares. Outros 1.114 cursos ficaram sem conceito.
Fonte: G1