Dívidas de Barretos chegam a R$ 446 milhões, afirma prefeito

As dívidas da Administração de Barretos chegam a R$ 446 milhões segundo o prefeito Guilherme Ávila (PSDB). Após um mês a frente do Executivo, ele fez o levantamento que mostra também uma dívida R$ 304 milhões nos cofres do Instituto de Previdência do município. A cidade tem como orçamento estimado para este ano R$ 341 milhões.

Ávila afirmou também que a Prefeitura de Barretos deve para fornecedores e que a receita de R$ 3,5 milhões arrecadada em janeiro foi 13% menor que o esperado. Dessa quantia, a maior parte foi usada para sanar a folha de pagamento dos funcionários.

“Nós chegamos a uma dívida com restos a pagar, com impostos, tributo, de R$ 140 milhões de reais, só que se a gente considerar a questão do Instituto de Previdência, da redução que foi feita da parte patronal da prefeitura para o Intituto de Previdência de 24% para 14%, nós chegamos a uma dívida de mais de R$ 440 milhões. Nós já estamos tomando providência para alterar esse projeto de lei, estamos fazendo a conta de cada ponto percentual que a gente aumentar na contribuição patronal, quanto que abaixa desse aporte porque esse aporte cresce mais do que a condição da prefeitura pagar ao longo dos anos”, relatou Ávila.

O prefeito afirmou que não irá aumentar impostos na cidade. Ele pretende combater a inadimplência para melhorar a arrecadação. Ávila também mandou cancelar contratos de aluguéis de prédios que não estavam sendo usados pela Administração Municipal.

“Identificamos a falta de atividade, os prédios somados dão entorno de R$ 30 mil mensais [em custos de aluguéis de imóveis na cidade de Barretos], já entramos em contato com todas as imobiliárias e suspendemos os contratos, porque eram recursos que haviam sendo gastos desnecessariamente, escorrendo pelo ralo e a prefeitura com uma dificuldade muito grande não pode desperdiçar nenhum, centavo”, diz.

Dengue
Segundo Ávila, a dívida da prefeitura dificultou o combate a dengue. Muitas máquinas usadas para a limpeza de áreas e terrenos estavam paradas por falta de manutenção. Barretos vive uma epidemia da doença. O número de casos confirmados em janeiro de 2013 é 4.000 % maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Dados da Vigilância em Saúde, mostram que foram sete pessoas infectadas no primeiro mês de 2012 contra 310 neste ano.





Em 2013, 1.086 casos da doença foram notificados em Barretos, sendo que 310 foram confirmados e 24 deram negativo. Os números de todo o ano de 2012 dão conta de 367 casos confirmados, 789 notificados e 297 descartados.

“Estamos fazendo essa limpeza, com uma equipe de boca de lobo começando dos bairros mais críticos para os demais bairros da cidade, limpezas de calhas, para que a dengue não se alastre ainda mais. Esse trabalho vai até junho que é quando a gente vai conseguir parar com que essa epidemia se prolifere ainda mais. Nos próximos dias infelizmente nós teremos um aumento nos números de casos, porque o número de focos é muito grande. Tão logo acabe em junho, em julho inicia o trabalho para que não tenhamos um problema de dengue em 2014”, conclui.

Obra antienchente
No começo do ano uma enchente afetou moradores da região dos lagos. O córrego Aleixo, que corta a cidade, transbordou e deixou pessoas ilhadas. Uma etapa da obra antienchente parou no ano passado por falta de verba para desapropriar as casas no entorno.

“As dificuldades são as desapropriações das residências que passam ao longo dessa obra onde tem que ser [indenizadas] com recursos próprios e a prefeitura não disponibiliza. Então nós vamos fazer gradativamente, de acordo com a disponibilidade financeira, pedindo a compreensão das pessoas que estão nessas áreas, porque senão, qualquer chuva mais intensa nós teremos risco novamente de enchentes e risco de mortes nesse local”, finaliza Ávila.

Ex-prefeito
O ex-prefeito de Barretos, Emanuel Carvalho (PTB), informou que a dívida de R$ 304 milhões é relativa à previdência dos servidores municipais e pode ser paga em até 35 anos. Carvalho também disse que contratou equipes e obteve três carros novos para o combate à dengue.

Sobre o aluguel dos imóveis, ele afirmou que por contrato os prédios precisam ser reformados e que foram abertas licitações para os trabalhos. O ex-prefeito alega ainda que apenas uma etapa do cronograma de combate às enchentes atrasou, e que deu início a outras 40 obras na cidade.

Fonte: G1





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