A região de Barretos (423 km de São Paulo) registrou em 2011, pelo quinto ano seguido, a menor taxa de mortalidade infantil do Estado de São Paulo.
Segundo números divulgados nesta segunda-feira (3) pela Secretaria de Estado da Saúde, no DRS (Departamento Regional de Saúde) de Barretos, que inclui outras 18 cidades, a taxa de mortalidade infantil foi de 8,08 crianças para cada grupo de mil nascidos vivos.
Como comparação, na outra ponta, com o pior desempenho no Estado, ficou a Baixada Santista, com taxa de 16,87. A média estadual foi de 11,55, a menor da história.
Dirigentes da área de saúde da região de Barretos afirmam que ações preventivas e de atenção básica, onde ocorre o atendimento pré-natal às mulheres grávidas, colaboraram para o resultado.
A diretora do DRS de Barretos, Rosemeire Aparecida Campanholi Felca, cita como um dos pontos positivos a implantação de articuladores de atenção básica, que visitam os municípios para auxiliar com as políticas de saúde.
Em Barretos, sede do DRS e maior cidade da regional, a taxa de mortalidade foi de 6,8 –equiparável à de países como os Estados Unidos.
A diretora de Vigilância em Saúde de Barretos, Jussara Colli, afirma que o município atua para atender, de forma precoce, as mulheres que estão em fase de gestação.
Com isso, segundo ela, chega a 85% o índice de grávidas atendidas na rede pública que fazem ao menos sete consultas no pré-natal.
Outro ponto importante, diz Jussara, é que 100% das mortes infantis e maternas são investigadas por um comitê criado com esse objetivo.
“Isso nos permite descobrir se a causa da morte era evitável e, assim, atuar com algum tipo de ação.”
Ainda na região de Ribeirão, as regionais de Franca e Araraquara registraram no ano passado taxas de mortalidade um pouco acima da média estadual.
O índice foi de 12,83 mortes no DRS de Franca e de 11,93 no de Araraquara.
NO MUNDO
No Brasil, segundo dados do Censo de 2010, a taxa de mortalidade infantil foi de 15,6 no ano do levantamento.
Segundo dados da ONU, o país com a taxa mais baixa é Cingapura, com 1,9. Na outra ponta aparece o Afeganistão, com taxa de 136 mortes para cada grupo de mil nascidos vivos.