Há dois meses do Natal, a figura do Papai Noel já se faz presente nas ruas de algumas cidades da região de Ribeirão Preto (SP). Mas ainda há vagas para quem tem interesse em interpretar o ‘bom velhinho’ e ganhar um dinheiro extra no final do ano. Na cidade de Ribeirão Preto, consultores traçam o perfil para ser Papai Noel, e em Barretos, um curso foi desenvolvido para os candidatos.
Segundo Leopoldo Lemos Filho, dono de uma empresa de eventos, gostar de criança é um dos pré-requisitos mais importantes para quem quer conquistar uma vaga. Das 15 oportunidades oferecidas pela empresa dele em Ribeirão Preto, apenas cinco foram preenchidas. “A simpatia é fundamental. Tem que gostar muito de criança e também precisa ser comunicativo”, diz.
Esta é a época do ano preferida pelo caminhoneiro Luiz Roberto da Silva. Há cinco anos ele veste a fantasia de Papai Noel e recebe R$ 1,3 mil pelo trabalho que ele diz gostar muito. Silva relembra alguns episódios engraçados com as crianças. “Muitos chegam e pedem notebook, celular de última geração, aí o Papai Noel precisa explicar que está ali para dar brinquedos”, conta. Mas a oportunidade também pode acabar em grandes feitos. “São coisas que marcam a vida da gente, já ajudei um rapaz a encontrar emprego, já fiz vaquinha com outras pessoas para comprar presente para uma criança”, resume.
Curso especial
Em Barretos, a Associação Comercial e Industrial (ACIB) também está em busca de candidatos a bom velhinho. Pelo menos 20 pessoas devem ser contratadas para trabalhar no shopping, no comércio e nas festas de fim de ano das empresas. E mesmo quem não tem experiência pode se formar em um curso que ensina o candidato a ser um autêntico Papai Noel.
De acordo com o secretário executivo da ACIB, José Carlos Firmino, o curso visa adequar o candidato. “O carisma é da pessoa, mas nós vamos adequar. Explicar como se trata a criança, como se trata o idoso. Enfim, como desempenhar a função de Papai Noel”, diz. “O corpo também é importante, se já se parece mais com Papai Noel é mais fácil. Muito magro, por exemplo, não dá certo”, completa o secretário.
Fonte: G1